terça-feira, 19 de junho de 2012

Partida só de ida para Groelândia

Partida só de ida para Groelândia

Hoje começa minhas preparações para zarpar da Republic of Bananas,vulgarmente conhecida como Brasil.
BRASIL, terra de muitos amores,de frondosos coqueirais sem pudores e sem-sensores...
Brasil, terra boa e gostosa,da morena dengosa e dos vastos pizzais.
Tô fora...
Chega de sentir calor intenso...chega de comer bananas... dá prisão de ventre.Eu Detesto!
Quero tomar banho congelado..de baixíssimas temperaturas...
bem acompanhada é claro! Urso, de preferência de pelúcia. dos pinguins eu quero o duo em preto e branco, meus amiguinhos da moda...
Bye..bye Brasil...

Giselle Serejo,junho,2012.

domingo, 17 de junho de 2012

Considerações.....literárias...


                               Fragmentada Escritura-Blog Literário

                                                                                                                      Giselle Serejo



Considerações a cerca dos “Eus” e da Poesia- O Texto Nu. Zemaria Pinto.



“O “eu lírico” ou o ‘eu poético”, a voz emissora do poema, deve ser visto pelo crítico ou leitor como uma máscara (persona do autor). O poeta alarga a sua percepção do mundo e verbaliza em valores positivos e ou negativos tal percepção, daí resultando o poema, que vai refletir sua experiência pessoal, pois é disso que se alimenta a literatura: da realidade recriada,transmutada,transfigurada.

Poesia é, pois, FICÇÃO. Do contrário seria CONFISSÃO, e a ninguém interessa a dor pessoal de ninguém. Poesia também é FISSÃO, rompimento, fratura, fragmentação, reinvenção da linguagem. Equacionando, para gozo dos estruturalistas.

                                  POESIA= FICÇÃO+FISSÃO-CONFISSÃO!

E com esse breve, mas. elucidativo trecho de texto....me despeço!!!!



PASSEIO

de Hilda Hilst



1

Não haverá um equívoco em tudo isso?

O que será em verdade transparência

Se a matéria que vê, é opacidade?

Nesta manhã sou e não sou minha paisagem

Terra e claridade se confundem

E o que me vê

Não sabe de si mesmo a sua imagem.



E me sabendo quilha castigada de partidas

Não quis meu canto em leveza e brando

Mas para o vosso ouvido o verso breve

Persistirá cantando.

Leve, é o que diz a boca diminuta e douta.



Serão leves as límpidas paredes

Onde descansareis vosso caminho?

Terra, tua leveza em minha mão.

Um aroma te suspende e vens a mim

Numas manhãs à procura de águas.

E ainda revestida de vaidades, te sei.

Eu mesma, sendo argila escolhida

Revesti de sombra a minha verdade.